A Dor Ciática não é uma doença, mas sim um sintoma de uma condição médica subjacente.
Causada pela inflamação, compressão ou dano do nervo ciático, é uma dor que irradia da coluna lombar para a região posterior da coxa podendo atingir a planta do pé.
Falamos em dor ciática para descrever os sintomas de dor, acompanhada geralmente de formigueiro, fraqueza ou adormecimento que se originam na região lombar, descem pela região glútea até à porção posterior da perna, acompanhando o trajeto do nervo ciático.
A compressão está entre as causas mais comuns e pode ser causada por, entre outras condições, uma hérnia discal, uma contractura muscular em torno do nervo ciático, um aperto do canal onde passa a medula espinal ou um desalinhamento de uma vértebra.
Alem disso, existem alguns factores de risco que contribuem para o aumento da probabilidade de desenvolvimento de dor ciática:
- Idade – com o aumento da idade, maiores são os riscos de aparecimento de problemas degenerativos da coluna;
- Excesso de peso – a sobrecarga de peso sobre a coluna pode favorecer o aparecimento de lesões ou de alterações da anatomia da coluna;
- Actividade Profissional – ocupações que exijam elevado esforço físico podem ter maior probabilidade de comprimir o nervo ciático;
- Sedentarismo – a não realização de qualquer tipo de actividade física pode favorecer o aparecimento de problemas na coluna;
- Diabetes – permite, de uma forma geral, o desenvolvimento de lesões nos nervos periféricos, podendo afectar também o nervo ciático;
- Gravidez – o aumento natural de peso e a actividade hormonal provocam um relaxamento de tendões e ligamentos, podendo assim originar alterações anatómicas na coluna lombar.
O diagnóstico médico, para além da história clínica e da observação médica cuidadosa, pode ser acompanhado por exames complementares de diagnóstico.
Na maioria dos casos, o tratamento é conservador, estando a cirurgia reservada para os casos muito graves ou incapacitantes. Em fase de agudização recorre-se à utilização de anti-inflamatórios não esteroides, relaxantes musculares, compostos vitamínicos e, por vezes, corticóides, tendo-se também demonstrado que a fisioterapia é um bom complemento no combate a este tipo de dor.
O recurso ao exercício físico devidamente programado e a procedimentos com calor ou frio, para alívio da dor e contraturas, são boas opções. Embora o repouso seja importante, deve-se procurar manter algum grau de atividade física pelo facto de o movimento ajudar a reduzir a inflamação.
A manutenção de uma postura adequada é importante em todos os momentos porque ajuda a reduzir a pressão sobre a coluna. A aplicação de calor húmido, a utilização de uma cinta de contenção e a realização de exercícios direcionados para o fortalecimento dos músculos das costas e dos abdominais também favorecem o alívio da dor e protegem de um episódio de agravamento.