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Cervicalgia

A coluna cervical é composta por vértebras que se estendem do tórax até à base do crânio. O pescoço apresenta grande mobilidade e suporta o peso da cabeça. Estando menos protegido do que o resto da coluna, o pescoço é vulnerável a diversos tipos de lesões que causam dor e limitação de movimentos. 

Cervicalgia  é um termo que se refere à dor sentida a nível da coluna cervical e que resulta de anomalias nos tecidos moles (músculos, ligamentos, nervos) ou nas estruturas ósseas da coluna cervical.  

As causa principais desta patologia são, entre outras: 
  • postura inadequada; 
  • movimentos bruscos do pescoço; 
  • tarefas repetitivas; 
  • trabalhos físicos pesados e manuais; 
  • traumatismos; 
  • alterações osteoarticulares da coluna cervical. 
Normalmente quem sofre com este tipo de dor adota uma postura rígida, ocasionando uma alteração da mobilidade da região cervical e dor à mobilização e palpação da mesma, podendo esta irradiar para os ombros e, nos casos mais graves, abrange todo o membro superior uni ou bilateralmente.

O diagnóstico da cervicalgia passa pelo exame médico, pela história clínica e pela avaliação da região do pescoço, podendo ser necessário o estudo mais aprofundado através de exames complementares de diagnóstico para melhor definir a causa. 

As cervicalgias podem cronicizar, sobretudo com a idade, dada a associação com o progressivo estreitamento do canal espinal e os fenómenos de artrose na região do pescoço. 

A prevenção é fundamental. Manter um peso adequado e evitar posições que esforçam o pescoço durante longos períodos de tempo, melhorar a posição durante o sono ou quando se está sentado é essencial. 

Na ausência de traumatismo, qualquer cervicalgia que seja contínua, persistente, grave, que se acompanhe de irradiação para os membros ou que se associe a cefaleias, fraqueza ou formigueiros justifica uma consulta médica urgente. 

Em grande parte dos casos, o tratamento é clínico com recurso a analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares. É também frequente o recurso à fisioterapia. O recurso ao calor tem uma ação relaxante muscular que proporciona um alívio significativo. Ainda que, em alguns casos, o frio seja mais eficaz. Existem ainda exercícios que podem aumentar a flexibilidade do pescoço proporcionando uma melhor mobilidade. 

O recurso a uma abordagem cirúrgica é útil quando os tratamentos conservadores são ineficazes.

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